terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Ele falava, falava, falava e ria, ria e falava sem parar como se todos os problemas fossem embora naquelas horas ou como quem procurava não lembrar daquilo tudo ao menos por um tempo, mas não podia se deixar enganar, tempo depois tudo voltava e ele sabia disso, era uma verdade e ele não procurou desviá-la, apenas sorriu e sorria um sorriso carregado de prazer, não sei se por falta de momentos como aquele, mas ele ria um riso intenso e eu sentia que tudo que ele queria estava ali, naquelas poucas horas antes que ele acordasse e encarasse a pilha de problemas que o esperava na sala ao lado, ele parecia não lembrar, mas lembrava em cada segundo de silencio porque aquilo tudo ele levava sempre consigo, embora tentasse não transparecer, aquele olhar não me engana, não nunca me enganou.

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